O videojogo faz parte desta nova geração, que já nasceu com “chip” e que deixou de brincar ao vivo para realizar grandes jornadas em frente a um ecrã. Jogos gratuitos, intuitivos e altamente viciantes que provocam alterações de comportamento nas nossas crianças. Posto isto, colocam-se várias questões: Como lidamos com os filhos e com o uso das novas tecnologias? Como lidamos com a realidade virtual das nossas crianças? Qual o limite apropriado de tempo de jogo? Até que ponto é saudável os alunos divertirem-se com videojogos?

Grande parte dos jovens passa diversas horas por dia a jogar. Segundo vários estudos, em Portugal, o número de jovens que apresentam sinais de dependência de videojogos está a aumentar, chegando aos 20%.

Para ajudar os pais a lidar com esta problemática, podemos considerar vários truques:
  1. Antes de mais, é importante dar o exemplo. Muitos pais são hipócritas, exigindo uma atitude dos filhos e agindo de outra forma. Não basta limitar o uso de tecnologias aos filhos, para depois passar todo o tempo livre no telemóvel, não interagindo com as crianças nem propondo atividades com as mesmas.
  2. É importante também conhecer o problema, ou seja, jogar com a criança de forma a perceber o conteúdo dos jogos.
  3. Estabelecer limites em termos de tempo e controlar a utilização através das opções de controlo de cada aparelho eletrónico.
  4. Diálogo. Conversar é, na maioria das vezes, a melhor opção. É importante saber com quem é que a criança joga e os assuntos que aborda enquanto o faz.
  5. Planear atividades em conjunto com os amigos da criança para que percebam que, para além dos videojogos, há outros passatempos atraentes.
  6. Se o vício provocar alterações graves no rendimento escolar da criança, no seu comportamento ou nas suas relações interpessoais, procurar ajuda de um profissional. O “distúrbio de jogo” é considerado pela Organização Mundial de Saúde como uma perturbação do foro mental.
Muitas vezes, a utilização de videojogos é um refúgio recorrente, sendo apenas um sintoma de outro problema. Por isso, é importante perceber a origem da questão, analisando caso a caso o contexto de cada criança e, acima de tudo, trabalhando aquilo que a leva a preferir o jogo do ecrã às atividades ao vivo. Não pensemos que a solução passa por suprimir o uso de videojogos. Eles fazem parte desta geração e resta-nos utilizá-los de forma consciente para que possamos tirar partido da sua utilização; porque quando utilizadas de forma pedagógica, as novas tecnologias melhoram o raciocínio lógico, a cognição, a criatividade e até a capacidade de resolução de problemas.
Gabinete Psicopedagógico do Colégio Reggio Emilia

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