No dia 14 de fevereiro, os alunos do 6.º ano realizaram trabalhos em pequenos grupos sobre o dia de S. Valentim. Estes trabalhos foram realizados no âmbito da disciplina de Português. Numa fase inicial os alunos pesquisaram várias lendas sobre o dia em questão e cada grupo desenvolveu uma lenda em particular. Após a pesquisa, os alunos passaram à leitura, resumo e, posteriormente, ao reconto escrito. No final elaboraram cartazes e colocaram estes expostos na sua sala. As lendas trabalhadas falavam de milagrosas histórias de amor, assim como de amores proibidos e até mesmo da simbologia de uma cantarinha. Os alunos gostaram imenso da atividade proposta e desenvolveram assim as capacidades de pesquisa, resumo, reconto escrito e descrição. Desta forma, para além de aumentarem as suas competências aumentaram também a sua cultura geral.    
A versão mais disseminada conta que, por alturas do séc. III, o Imperador Cláudio II, querendo formar um poderoso exército romano, decidiu proibir temporariamente a celebração de casamentos para garantir que os jovens se concentrassem mais facilmente na guerra e na vida militar. Contudo, o bispo Valentim contrariou as ordens e continuou a celebrar casamentos, agora na clandestinidade. A afronta à vontade do Imperador levou a que Valentim acabasse preso e condenado à morte. Até à sua execução, foi recebendo flores e bilhetes (o que explica a troca de postais, cartas e presentes, hoje em dia) enviados por anónimos como demonstração de apoio e consideração pela sua conduta. A milagrosa história de amor A filha do carcereiro de Valentim, que era cega, movida pela curiosidade, terá pedido para o visitar no cárcere e, mal se aproximou dele, recuperou a visão. Ambos se apaixonaram um pelo outro. Numa carta escrita à sua amada, o bispo ter-se-à despedido com a expressão “do seu Valentim”, que ainda é usada na língua inglesa (“valentine“) para designar namorado. Mas esta história não tem final feliz: ainda segundo a lenda, a ordem de execução dada por Cláudio foi cumprida e Valentim acabaria por ser decapitado num 14 de fevereiro de finais dos anos 200 (séc. III). Devido à indefinição e à falta de factos históricos comprovados para além de qualquer dúvida, a Igreja Católica não celebra oficialmente esta data. Não é por isso, no entanto, que o Dia de São Valentim, dia dos namorados, 14 de fevereiro, deixa de ser festejado em todo o mundo, tendo passado a fazer parte das tradições nacionais. Assim sucede há séculos – em Portugal, por exemplo. Oleira de Guimarães mantém viva tradição da ‘cantarinha dos namorados’ A ‘cantarinha dos namorados’ de Guimarães continua a ser uma prenda muito oferecida por alturas de São Valentim, mantendo-se assim viva uma tradição antiga que atualmente é alimentada pelas mãos da mestre oleira Bela Alves. Segundo a tradição, quando um rapaz se dispunha a fazer o pedido oficial de casamento oferecia primeiro à namorada uma cantarinha, moldada em barro. Se a prenda fosse aceite, estava formalizado o pedido particular, passando a depender apenas da vontade dos pais o anúncio do noivado. Uma vez dado o consentimento, a cantarinha servia então para guardar as prendas que o noivo e os pais da noiva ofereciam, designadamente peças em ouro.

A cantarinha hoje em dia

Bela Alves, 39 anos de idade e oleira há 14, aprendeu o ofício com o mestre Joaquim Oliveira, entretanto falecido, e hoje continua a “dar à luz” ‘cantarinhas de namorados’, na sua oficina instalada na Plataforma das Artes, em Guimarães. “Na altura de São Valentim, é quando se vende em maior quantidade”, refere, enquanto molda a argila e, com o pé, vai girando a típica roda de oleiro. Se a tradição mandava que fossem eles a oferecer a cantarinha, hoje, revela Bela Alves, a iniciativa deve “andar ela por ela”, ou seja, os compradores são tanto homens como mulheres. Atualmente, as cantarinhas já não são propriamente usadas para pedir a mão a alguém nem para guardar jóias, mas assumem-se como “guardiãs” de segredos e de histórias de amor. “Quem as oferece, fá-lo pelo simbolismo que elas encerram”, sublinha Bela Alves. (com Agência Lusa)
Ana Margarida n.º 2, 6.ºA Carolina Santos n.º 4, 6.ºA Fonte: http://ensina.rtp.pt/atualidade/dia-dos-namorados-uma-lenda-com-tradicao/  

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